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Eu e os cordéis tenho uma história de amor bem interessante. Na minha infância e adolescência, meu pai era pedreiro e ele trabalhava fora uma semana, quinze dias. Sempre que ele voltava para casa, ele levava um monte de cordéis. Os livros na literatura de cordel, entre eles, O Negão do Paraná, O Seringueiro de Norte, O Pavão Misterioso. Quando ele voltava pra casa, ele sentava e cada dia colocava a gente pra ler. Cada dia um filho lia um Cordel para ele. Ele não sabia ler, mas ele nos incentivou a ler. A ler todo tipo de livro, né? Mas os Cordéis eram o seu preferido. É uma saudade, é uma coisa muito bonita. Eu amo muito. E quando eu entrei aqui na Casa da Cultura, eu gosto muito de vir aqui. Quando eu entrei, eu vi os Cordéis, aí não resisti. Enquanto eu não vi... O trecho eu não sosseguei. Comentei e eles me deram a ideia de gravar essa história. É muito interessante, dá muita saudade. A gente morava no interior de Goiás. Era muito interessante.

Suêrdia Nogueira Vidal