Aguarde enquanto redirecionamos você para próxima etapa.

Tudo certo com a submissão do seu conteúdo.

E muito prazer em estar aqui para contar se hoje eu vivo dentro da cultura popular. É quando eu tinha 17 anos, eu me arranquei vendendo livro na rua e parei no Ceará, para que muita coisa na minha vida logo se encoste para que apoie o meu ouvido na literatura do Correio Del. Goste. Eu fui morar no sertão com o mestre Pentecoste. Mano, é o Inácio do nascimento, é alguém carregado de sentimento, que compreende a língua da planta e também converse com o vento. Ele foi cordelista de feira e tem uma luz verdadeira na sua maneira de passar para mim. Cada ensinamento da literatura é uma cura. Conviver com um mestre que na natureza não gosta de fazer ranhura e eu que tinha sido crescido no meio urbano, no meio de uma capital, convivendo com esse mestre dentro do meio rural, fazendo a revisão da literatura, do seu cordel. Cada um eu fui entendendo a métrica, o esquema de rima pra poder ir pra cima, pra quem se pima. Eu gosto de quem cria a literatura com o meu pé de laranja-lima. E meu pé de Laranja Lima, meu pé de Moringa Oleífera, meu pé de Samaúma, Vagaluma, o meu conhecimento foi com Manoel Inácio do Nascimento, convivendo lá no Ceará, que a literatura pode me ensinar, depois de eu pegar numa inchada e com a natureza enfrentar uma empreitada. Eu já tinha um cordelista dentro de casa, José Santos, que me ensinou seus cantos, seus versos, me abriu meus universos. Mas foi saindo dentro da capital, foi lá dentro do meio rural, no Ceará, com o Paraibano, que eu me redescobri como ser humano e hoje o cordel cria, ilumina a minha vida. E viva o ciclo vida!

Jonas Samauma